quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Santa Maria, rogai por nós!

É na dor mais profunda e na alegria mais desvairada que nossa humanidade mais crua se revela. 
Santa Maria nos grita quem somos: seres humanos frágeis, sem garantia nenhuma nesta Terra. 
Pequenos e frágeis. É o que somos. 
Vendo aquelas mães e pais órfãos de seus filhos não pude deixar de pensar nos meus. Agradeci imensamente pelo dia de hoje e por ainda tê-los comigo. Pedi a Deus alguma garantia de que nada acontecerá com eles nos próximos 100 anos, porque eu não suportaria (como se alguém fosse capaz de suportar tamanha dor). Deus permaneceu em silêncio. Nenhuma garantia. Nenhum sinal de que meu pedido será atendido. Nada. 
Diante do silêncio agoniante do Pai, lembrei da última vez em que vi um dos dois desacordados (meus filhos são peritos em me dar sustos e já os vi assim mais de uma vez cada um). Tem menos de um mês: 23 dias para ser mais precisa. É uma sensação horrorosa... A impotência mais pura e completa diante da vida de quem amamos. Rezei por cada um daqueles homens e mulheres. Pedi o milagre do conforto. Sim, ele existe!
Pelos que tem seus filhos ainda internados, pedi o milagre da vida. 
Por cada um de nós eu pedi o milagre da solidariedade, da indignação, dos olhos e palavras atentos, das mãos estendidas... pedi o milagre dos transplantes, do sangue, da pele, dos corações que ainda batem. 
E pedi, principalmente, que não esperemos mais milagres e que não cruzemos nossos braços diante daquilo que só cabe a cada um de nós fazer. 
Adriana Monteiro da Silva



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quando o amor calça sapatilhas...

Grupo Asas para Dançar , no Teatro Nacional, em 08.10.2012.
O amor poderia andar descalço, usar scarpin ou calçar um tênis, mas ele escolheu que seria melhor sair de casa com sapatilhas nos pés. 

As sapatilhas deixaram o amor mais confiante e diziam ao amor que com elas, ele seria capaz de fazer qualquer coisa. 

Embora o amor se sentisse infinitamente mais belo com aquelas sapatilhas, não conseguia acreditar que elas o empoderassem. 

O amor era medroso. Achava aquelas sapatilhas muito frágeis. O amor tinha medo de se machucar.

Mas, numa determinada noite, o amor saiu de casa sem pensar em muita coisa, como saem os amantes quando estão apaixonados: não pensou se daria certo, não pensou nos obstáculos que enfrentaria com aquelas sapatilhas tão simples e pouco seguras num mundo cheio de pedras. 

O amor simplesmente as calçou e elas o levaram onde ele nunca imaginou que um dia pudesse chegar. 



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Apenas reze.

Termino de ler meu livro e entro no quarto. Tudo escuro. Apenas a lua que sentou na minha janela ilumina o sono dos meus filhos. Olho pra eles e minha vida silencia por alguns segundos. Minha filha toda coberta, de lado, encolhida com as mãozinhas abaixo da orelha. Meu filho todo estirado, com a cabecinha toda suada - ele está sempre com calor - e aquela carinha de quem dorme o "sono dos justos". Agradeço a Deus e rezo em silêncio. Sei que este é um momento doce e sublime e que por toda vida desejarei revivê-lo. Cama é ninho.
Eles precisam mesmo um dia crescer? Aprender a dirigir? Dormir na casa de gente que eu não conheço? Chegar em casa tarde? Pior, chegar em casa de manhã??? Precisam mesmo sair de casa? Morar sozinhos? Namorar, casar, sofrer por amor??? Ai,  Deus, como eu desejarei que o tempo volte e que eles estejam ali naquela cama. 
Respiro, volto na sala, tomo um copo de água, como meio pacote de amendoim que comprei ontem no Jerivá. Sinto-me tão idiota. Penso no meu pai e nas infinitas noites que ele me esperou no sofá da sala. Lembro de meus incansáveis discursos sobre a liberdade e das milhares de vezes que os repito para todos, inclusive para os meus filhos. Pensei: "- Liberdade é boa para os filhos dos outros."
Rezei de novo e tive a inexorável certeza de que um dia isso será tudo que eu poderei fazer. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

"Essas pessoas na sala de jantar..."

Mutantes, Gal, Caetano e Gil na estréia de “Divino Maravilhoso” na TV Tupi, em 28 de outubro de 68.
 (Paulo Salomão – Abril Imagens)
Retirado do site www.tropicalia.com
 

Ontem fui assistir Tropicália. 

O documentário é um registro histórico maravilhoso sobre música, teatro, arte e sobre todo o conceito do que era ser tropicalista nos anos 60 e 70 e também sobre a desconstrução deste conceito. Imperdível!

Adoro cinema. Gosto do cheiro das salas fechadas, do escurinho, da pipoca e, principalmente daquela sensação de estar só diante daquela telona. Ali é você, a tela e uma história que é só sua. Não importa se o cinema está cheio. A história é sua e você fará uma leitura única e diferente de todo mundo que tá ali enchendo aquele espaço.

Voltando... O filme é todo bacana, mas no meio daquele bando de histórias e depoimentos alguém lembrou de "Panis et Circenses" e "das pessoas na sala de jantar tão ocupadas em nascer e morrer". E eu comecei a minha viagem pessoal, minha história única: lembrei de mim, da minha família, dos meus amigos, dos meus filhos. Desejei ardentemente nunca ser a pessoa adulta e chata da sala de jantar; desejei não cair no senso comum; desejei não ser metade e ser sempre inteira; desejei nunca me contentar com uma vida pequena; desejei ser uma senhora atrevida, ousada e bem humorada; desejei que os anos não me tornem ranzinza, nem careta; desejei alimentar sonhos até o último dia da minha vida. Rezei. 

Uma vez meu filho me disse: "Mamãe, eu não quero crescer". Eu pensei: 
"-Jesus, síndrome de Peter Pan não, né?" O triste é que de vez em quando ele repete isso. Até ontem, eu tinha sempre uma sensação ruim quando escutava essa frase, porque sempre pensava que ele devia achar a minha vida um saco ou ainda que devia achar os modelos adultos a sua volta um tédio. 

Ontem, cheguei em casa e não me contive, perguntei: "Filho, porque você não quer crescer?" E ele respondeu: "Mamãe, eu gosto muito de brincar, de ir pra minha escola, de fazer judô e de poder ir na piscina todo dia. Também gosto de dormir perto de vc e da Isa. Acho melhor ser desse tamanho que eu sou." Que alívio... Ele não acha horrível ser adulto... Ele só acha bom ser criança!

Mesmo assim, "Panis et Circentes" soa e ecoa nos meus ouvidos como uma sirene dessas bem escandalosas: "- Seja adulta, mas não fique aí parada nessa sala de jantar sem graça..."


domingo, 12 de agosto de 2012

Pai, pra quê te quero?

Alguém no mundo inventou que amor de mãe é diferente de amor de pai. O tal instinto materno nos conduziria a um amor único e, por isso, somos nós as mães e mulheres as únicas capazes de um amor perfeito, da abdicação, da resignação, de aguentar duras jornadas de trabalho e de ainda chegarmos em casa cheias de sorrisos e afagos para distribuir aos nossos filhos e companheiros... Quanta bobagem! Mas uma bobagem repetida durante séculos vira uma verdade inquestionável.

Os tempos evoluíram e novas concepções de afeto e de família têm ajudado a desmistificar que somos nós e só nós as capazes do amor. Ufa!!!  

Tive a sorte de crescer num lar com mãe e pai. Minha mãe se foi quando eu completei 18 anos. Tive mãe até ingressar na idade adulta. Mas, a verdade é que a Geração Coca-Cola - da qual faço parte - foi muito poupada pela geração da ditadura e chegou à idade adulta imatura demais e ainda muito carente de colo de pai e mãe. 

Minha mãe se foi e eu vi meu pai virar uma galinha matrona que coloca os pintinhos embaixo da asa. Por isso, tenho absoluta certeza de que mães e pais são igualmente capazes do amor, da resignação e da abdicação em prol da felicidade de seus filhos e que, fácil mesmo para um mundo de concepções machistas, é prosseguir neste discurso incansável de que cabe às mães o afeto.

Hoje, enxergo meu pai em mim mesma. Falo com meus filhos e escuto sua voz na minha. Dele herdei a honestidade, a vontade de acertar, a preocupação com o próximo e, também, o jeitão desligado, a completa distração, motivo de risadas frequentes dos amigos mais chegados. 

Não sou mais a menina de 18 anos, mas necessito ouvir a voz do meu pai todos os dias, de seu ombro e colo amigos, de sua risada desmedida diante das traquinagens dos meus filhos, da sua opinião sempre tão serena diante das minhas decisões e preciso, principalmente, de seu amor obstinado de pai. 


sexta-feira, 25 de maio de 2012

O "Veta Dilma" e a democracia.


Sim... é verdade! O veto presidencial não é o instrumento mais democrático que o Brasil possui - e nem o que nós gostaríamos de estar apoiando neste momento - mas também não chega a ser um afronto ao regime democrático, como se tem dito por aí. 

Previsto na Constituição Federal da República de 88, art. 66, § 1º§, o veto se constitui hoje na única esperança dos brasileiros terem sua voz ouvida no que tange ao novo Código Florestal. 

Quando um projeto de lei é aprovado no Poder Legislativo, ele vai à sanção da Presidente, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo, total ou parcialmente.
A Presidente tem o prazo de 15 dias úteis para se manifestar. Esgotado esse prazo, projeto é aprovado tacitamente. 
Só há duas razões para o veto: política, quando o projeto é considerado contrário ao interesse nacional; ou jurídica, quando o projeto é considerado inconstitucional.
Após o veto presidencial, o Senado e a Câmara formam uma comissão mista que para analisar o veto e dar seu relatório no prazo de 20 dias.
O relatório é lido em uma sessão conjunta, discutido e votado secretamente. Para ser rejeitado, o veto precisa de maioria absoluta de votos negativos, tanto na Câmara como no Senado.
Se o veto for derrubado, a Presidente da República deve promulgar e publicar a matéria.
Portanto, ainda teremos muito jogo político pela frente. 
Falando em miúdos, para derrubar o veto, é preciso 257 votos favoráveis na Câmara e 42 no Senado. 
O texto-base foi aprovado com 274 votos a favor, 184 contra e duas abstenções. Se todos os deputados mantiverem suas posições, a Câmara derrubará o veto com 17 votos - fácil, fácil!  - o que resultaria em imenso desgaste político à Dilma, que agora precisará correr atrás da base governista para manter o veto, caso o faça como espera a população brasileira. 
Pesquisa do Datafolha, de abrangência nacional, realizada em zonas rurais e urbanas entre 3 e 7 de junho de 2011, já apontava a insatisfação nacional com o Código que foi aprovado pela Câmara. 
Dependendo das perguntas, a porcentagem dos brasileiros que discordavam da proposta votada na Câmara dos Deputados variava entre 77% (a favor do adiamento do debate para ouvir a ciência) e 95% (que não aceitam perdoar desmatamento ilegal sem recuperação). 
Na pergunta básica e introdutiva, na qual se colocou a alternativa entre dar prioridade para a proteção das florestas (mesmo que isso limite a produção agropecuária) ou para produção (mesmo que limite a proteção das florestas), a primeira alternativa recebia 85% e a segunda, 10%, com 5% de "não sei".        
Quando se falou em perdão do desmatamento ilegal, foram realizadas perguntas diferentes. "Quando se oferecem três opções qualificadas, com uma intermediária, é possível observar como a primeira escolha da população seja em prol da mais rigorosa, isto é a de punir em qualquer caso para dar o exemplo, escolhida por 48% dos entrevistados; em seguida vem a opção intermediária (a de punir só quem se recusa a repor a floresta) com 45%, enquanto a opção de perdoar sem repor a floresta, objeto da proposta votada pela Câmara dos Deputados, atinge meros 5%. Quando se apresentam apenas duas opções, 79% se declaram em geral contra perdoar penalidades e multas (com 19% que aceitam esta possibilidade) e 77% se declaram contra a dispensa da reposição da floresta (com 21% que a admitem)."  publicada pela www.wwf.org.br   
No caso da ocupação das Áreas de Preservação Permanente (encostas, topos de morro, várzeas, etc.), prevalece a opção intermediária, ou seja a de manter apenas cultivos que segurem o solo e não gerem riscos de acidentes, com 66%, seguida da opção de remover todos os cultivos, com 25%, enquanto aquela de manter todos os cultivos - conforme proposta aprovada pela Câmara dos Deputados - é apoiada por apenas 7% da população.    
A opinião geral sobre o tema é confirmada quando se passa a considerar as implicações políticas: 79% apoiam o eventual veto da presidente, no caso em que o Senado validasse a proposta da Câmara. 
Vale salientar que no mesmo período, pesquisa do Datafolha indicou que apenas  47% da população aprovavam a atuação da Presidente Dilma. 
Uma parcela ainda maior, atingindo 84%, afirma que não votaria em deputados e senadores que tenham votado a favor do perdão de desmatamento ilegal.    
Ontem as assinaturas populares em petição da Avazz, entregue à Presidente estavam em 1.900.000. Hoje, neste exato momento, já são 2.096.666 assinaturas. 
Em tempos de Rio +20, o não veto da Presidente, com tanto clamor popular, traria péssimas impressões para o Brasil internacionalmente. 
Portanto, em meio a tantos interesses espúrios e econômicos, esperamos ansiosos que vença a democracia que o veto tentará resguardar!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

"Ser mãe é desdobrar, fibra por fibra o coração"

Eu, com um ano, e minha mãe
Muitas coisas me lembram minha mãe: casa cheia, festa, praia, um prato requintado, Chico e Nara, Ney Matogrosso, teatro, risos, rede, meus filhos, minhas primas (que são até mais parecidas com ela do que eu), meu irmão, cheiro de patchouli, torta de tapioca com coco, peixe na folha de bananeira. Ai, que saudade!

D. Graça se foi quando eu tinha 18 anos. E já se passaram quase 20... mas parece que foi ontem, porque colo de mãe é coisa inigualável e quando elas se vão deixam saudades e buracos que o tempo não é capaz de preencher... ao menos, não por completo... 

Mas o tal do tempo é um grande aliado e com ele vamos aprendendo a nos reinventar, e eu fui reconhecendo minha mãe e sua herança de amor em muitos outros colos: no do meu pai, incansável na sua arte de me aceitar do jeitinho que eu sou; na minha madrasta, que virou avó dos meus filhos e não se nega a lhes dar todo amor deste mundo; em minhas tias, especialmente tia Ana e tia Maria, que se fazem presentes em minha vida constantemente; em alguns amigos, que não me faltam nas horas em que eu mais preciso; e até nos meus próprios filhos que enchem minha vida de amor e de alegria todos dos dias. 
Ana Luísa com João Arthur no colo


E hoje, a mãe sou eu. Gosto de ser mãe. É o meu papel preferido, embora eu saiba que todos os outros são importantes e igualmente especiais, eu gosto de ser mãe. Gosto de chegar em casa e receber aquele mundo de beijos, afagos e abraços; gosto de colocar eles na cama pra dormir, como se eu tivesse algum controle sobre aquelas vidas e seus futuros; gosto de risada de criança, de comida de criança, de filme e de música de criança; gosto de sua pureza e inocência diante da vida; gosto de ver como são corajosos e como não se intimidam diante dos desafios e intempéries da vida e gosto principalmente da capacidade que as crianças têm de entender tudo que lhes é explicado com simplicidade. 

Amo a teimosia e a desobediência dos pequeninos. Estes dias, pedi a Deus que mantenha em meus filhos a capacidade de me desobedecer: nem sempre estou certa, não sei de tudo e sinto que eles possuem habilidades suficientes para serem melhores do que fui até hoje.    

Eu, João e Ana - Foto de Lorena Lopes
Meus filhos me ensinaram que a vida é simples. Crianças sorriem quando ganham balinha e são capazes de dar um grito de alegria diante de uma casquinha de sorvete. Crianças não tem vergonha de si mesmas, nem dos outros. Crianças não se concentram naquilo que não lhes traz alegria, não se interessam por aquilo que não lhes desperte a criatividade e a imaginação e nem se prendem a pessoas que não lhes retribuem o amor que elas disponibilizam. 

Crianças não cultuam ódios, nem preconceitos, a não ser quando são ensinadas a fazê-lo. Crianças não tem medo de dizer que não sabem, não hesitam em chorar quando se sentem tristes e não mascaram sentimentos. 

Mas, meus filhos não serão crianças para sempre e eu, como toda mãe que se importa - sim, existem mães que não se importam - tenho medo. Sinto um frio na barriga todos os dias em que costuro com cuidado suas asas. Quem pode viver sem asas? Eles a querem intensamente, como um dia eu as desejei e eu preciso vencer meus medos, dia-a-dia, para ir costurando estas asas da melhor forma, para que consigam produzir o melhor vôo, para que proporcionem a eles o melhor passeio neste mundo. 

O que eu queria de dia das mães? Queria alguma garantia, algo que me dissesse que estou fazendo o que é certo, algo que acalentasse o meu coração e me livrasse da culpa diária da maternidade - toda mãe sabe do que falo - algo que me fizesse acreditar que eu sou uma boa mãe. 

Mas não há garantia para isso. É preciso viver cada pedacinho de vida e assumir que mãe não é Deus. Acho que essa é a minha maior dificuldade neste papel. Aceitar minha impotência e incapacidade de resolver todas as coisa por eles, de protegê-los a cada novo passo - ou vôo - de me desvencilhar da minha soberba e me aceitar incapaz. 

Então, o que eu desejo a todas as mães é o que eu desejo também para mim: desejo que se aceitem pequeninas; desejo que se perdoem pelos erros, pelas falhas, pelos momentos em que não puderam fazer nada; desejo que se saibam únicas e preciosas, com todos os seus medos, erros, acertos, culpas; desejo que não desistam de seus próprios desejos; desejo que saibam ser um pouco egoístas, porque não há como fazer alguém feliz, quando não se é feliz; desejo que saibam que há diferença entre ser mãe e parir; desejo que tenham fé em algo que as sustente; desejo que aceitem a si mesmas e que se achem mulheres especiais; desejo que não se furtem ao amor de seus filhos; desejo que reconheçam os erros deles e que os ajudem a crescer; desejo-lhes paciência; desejo-lhes um bom companheiro, que torne a vida mais afável; desejo segurança, aconchego, ternura, paz; desejo poesia, gota de chuva, mão-na-mão, flores, sol, música e sorrisos e também desejo lágrimas porque nenhuma vida é feita só de sorrisos.

Para todas as mães: as de sangue; as de coração; para os pais que são mães; para as mães de pessoas que, por algum motivo, estão excluídas socialmente; para as mães de pessoas desaparecidas; para as mães que nunca mais viram seus filhos; para as mães que vivem coladas neles; para as mães que não se sentem mães; para as mães de estrelinhas; para as mães que são avós e bisavós; para as que ainda não são, mas desejam ser mãe. 

Beijos com amor, 
Adriana Monteiro da Silva